A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) estabeleceu o conceito de desertificação como “a degradação das terras nas zonas áridas, semiáridas e subúmida secas, resultantes de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas.” No Brasil, longos períodos de estiagem e desertificação são uma realidade, em particular, no Semiárido nordestino.

Os impactos ambientais, econômicos e sociais do avanço dos processos de desertificação são de grande magnitude para a economia brasileira e, em especial, para a economia do Nordeste, uma ameaça à segurança alimentar e a hídrica. Já, em 2007, em Madri, Espanha, na 8ª Conferência da ONU sobre desertificação, o problema já ameaçava um terço da superfície da terra e a subsistência de mais de 1,2 bilhão de pessoas no mundo. O ex-secretário-geral ONU, Kofi Annan, alertou: “A desertificação é uma das formas mais alarmantes de degradação ambiental”.

Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), municípios cearenses passam por processos de degradação muito grave, grave ou moderado. No Ceará, a estiagem que já dura quatro anos ajudou no agravamento da situação. A vegetação perdeu completamente as folhas, o solo ficou nu e houve erosão eólica.

Os territórios que passam por esse processo foram divididos em três núcleos. São 13 municípios: Irauçuba/Centro: Miraíma, Itapajé, Irauçuba, Santa Quitéria e Canindé; Inhamuns: Independência, Tauá e Arneiroz; E Jaguaribe: Jaguaribe, Jaguaribara, Jaguaretama, Alto Santo e Morada Nova. Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontam outro fator agravante: o aquecimento global, que acirra as secas nas zonas já castigadas pela desertificação.

fonte: http://www.oestadoce.com.br/cadernos/o-estado-verde/uma-das-formas-mais-alarmantes-de-degradacao-ambiental

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