O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG). Ao longo de 3.200km percorre cinco estados da federação, levando a todos benefícios como a iluminação do Nordeste, gerada em Paulo Afonso, diga-se de passagem, sem poluir, fator de grande importância. A Serra da Canastra vem sofrendo o desmatamento, através do corte da vegetação transformada em carvão para metalúrgicas mineiras. É fundamental manter a vegetação da Serra para não comprometer o curso do Rio São Francisco. A manchete do Caderno Regional do Diário do Nordeste do dia 1º de agosto noticia que começou o bombeamento das águas do São Francisco, para a alegria dos nordestinos. Nas suas margens, através da irrigação, produz grande quantidade de frutas e verduras. Se não for revertido o desmatamento na nascente do rio, as perdas podem ser catastróficas para todo o Nordeste. É preciso que o poder público abra os olhos para essa questão. É preciso conhecer de perto o problema e estudar possíveis soluções que assegurem ao Velho Chico as condições do seu estado atual para continuar levando grandes benefícios às populações do Nordeste. Compete ao poder constituído abraçar esta causa e estudar a melhor forma de assegurar ao rio o seu curso d’água tão importante e necessário para a população do semiárido nordestino. No corrente ano, após quatro anos de baixa pluviosidade, a maioria dos reservatórios construídos pelo Dnocs encontra-se com o volume d’água muito baixo. Segundo os institutos de pesquisas meteorológicas como Inpe e Funceme, o próximo ano também será de baixa pluviosidade. Fica o alerta.
GODOFREDO CHAVES QUEIROZ
Engenheiro civil
