Volume de chuvas do último mês foi o com a maior variação negativa em relação à média histórica. Cenário para o resto do ano não é animador
O oitavo mês de 2017 foi também o que teve maior volume de precipitações em relação aos últimos seis anos. Desde 2011 não chovia tanto em agosto como agora.
Embora a última quadra chuvosa tenha sido quase dentro da média histórica, a sequência de cinco anos de seca mantém o sinal de alerta ligado quanto à situação hídrica no Estado.
Os índices dessa mesma média histórica para os próximos três meses são de poucas chuvas, com retomada prevista apenas para dezembro. Perspectiva que pode diminuir mais os níveis dos reservatórios do Ceará, que hoje operam com 10,7% da capacidade. “Iniciamos o ano com 6,66% de acumulação de água nos reservatórios. Em julho, após a quadra, estávamos com 12,6%. Todavia não foi suficiente para mudar a situação do Estado. Dos 155, 108 açudes estão abaixo de 30% e 17 completamente secos, sem nenhum aporte esse ano”, alerta Ubirajara Patrício, diretor de Planejamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Açude Germinal
Apenas um reservatório do Estado está sangrando. Recém-inaugurado, o açude Germinal, em Palmácia, opera com capacidade máxima. No entanto, o volume dele é considerado pequeno e a importância está mais no fato de estar localizado em uma área de Serra, onde é mais difícil construir poços devido à vazão. “O Germinal melhora a segurança hídrica de Palmácia e dá uma garantia maior para a população da sede e das comunidades do entorno”, diz Ubirajara.
Maior açude do Estado e principal abastecedor de Fortaleza e Região Metropolitana, o Castanhão segue operando com nível baixo: 4,48%. “A crise não passou. Estamos há seis anos de ‘inverno’ abaixo da média. É importante o uso racional (da água)”, reforça o gestor.
fonte| http://www.opovo.com.br/jornal/cotidiano/2017/09/agosto-tem-a-maior-reducao-de-chuvas-do-ano-no-ceara.html