Na quarta-feira (12), foi realizada a Reunião de Alocação negociada de água do sistema hídrico Patu, na Escola Estadual de Educação Profissional Professor José Augusto Torres, no município de Senador Pompeu. O encontro foi conduzido pela Cogerh, por meio da Gerência Regional da sub-bacia do Banabuiú, junto à Comissão Gestora do Açude Patu.

O coordenador do núcleo de operações da Regional, Pedro Hugo, apresentou o diagnóstico de uso do leito perenizado Rio Patu/Rio Banabuiú, frisando uma demanda estimada 280 l/s, além dos dados pluviométricos durante a quadra chuvosa do Ceará, dando ênfase à região.

O técnico explicou o histórico operacional, as demandas da bacia hidráulica e do leito perenizado e informou os parâmetros aprovados pelo Comitê do Banabuiú (mínimo de 50 l/s e máxima de 300 l/s).
Após as discussões, foi aprovada por consenso a vazão média de 200 l/s para operação do açude Patu, cujo volume atual é de 65,1 milhões de m³, ainda sangrando.
A operação está prevista para o período de de julho a 31 de janeiro de 2024. A aprovação dessa vazão será dividida em 45 l/s para a Cagece, 115 l/s e 40 l/s em perenização (Rio Patu e Banabuiú).
Além disso, os membros debateram sobre o Plano de Gestão Proativo de Seca, aprovado no fim de 2022. Representando a equipe de pesquisadores que estiveram à frente do Projeto, a professora Daniele Costa apresentou o Plano para a plenária e destacou as ações elencadas para a conivência com a seca.

Diferentemente de outros planos técnicos, pensados a longo prazo, o Plano de Seca do Patu e os demais a serem construídos no Ceará tem como característica central a tônica operacional e a abordagem proativa a curto prazo. Reforçou que na Alocação será utilizado os dados do plano construído de forma participativo, destacando que o mesmo complementa o processo.
A reunião foi realizada com a sociedade de Senador Pompeu, Milhã e Quixeramobim e foi coordenada pela Coordenadora do núcleo de gestão participativa da Cogerh, Dayana Magalhães, destacando a gestão compartilhada, em um trabalho de co-gestão, entre estado e sociedade, as atribuições do comitê da sub-bacia hidrográfica do Rio banabuiú e o processo de alocação negociada de água.
