A Cogerh, por meio da Gerência Regional da Bacia do Banabuiú, concluiu, nesta semana,
a coleta de dados de campo para a batimetria do Açude Arrojado Lisboa (Banabuiú), localizado no município de Banabuiú.
Iniciado no dia 20 de junho de 2023, quando o açude estava com 41,93% da sua capacidade máxima, o procedimento levou cerca de quase 1 mês para ser finalizado, com navegação por toda a bacia hidráulica do reservatório.
O Analista em Gestão de Recursos Hídricos e Coordenador do Núcleo de Operação, Pedro Hugo, ressaltou a importância da batimetria do Açude Banabuiú, e destacou como “a maior batimetria já realizada pela Regional, não só pelo volume de água do reservatório, mas pela grandeza e importância estratégica do Banabuiú”.
O Açude Banabuiú é o terceiro maior reservatório do Estado, com capacidade de 1.534 bilhões dem³ de armazenamento, e atualmente encontra-se com 41,69 % desse total, operando de forma integrada com os açudes Orós e Castanhão dos Vales Jaguaribe e Banabuiú.
A barragem é pioneira para captação de água do Projeto Malha D’Água através do Sistema Banabuiú-Sertão Central (em execução) para abastecimento de 9 sedes municipais e 34 distritos.
Os dados coletados serão processados pela Gerência de Monitoramento Qualitativo e Quantitativo da COGERH para atualização da curva Cota x Área x Volume (CAV) do açude, sendo imprescindível para o monitoramento e gestão eficiente dos recursos hídricos.
O Gerente da Bacia do Banabuiú, Luis César Pimentel, destacou que “a questão técnica fundamental que se apresenta, para o adequado gerenciamento dos recursos hídricos, é o perfeito conhecimento da oferta hídrica de um determinado reservatório, sendo a batimetria uma prática de relevante importância para esse fim”.
O que é Batimetria?
A Batimetria consiste no levantamento de dados da profundidade com o objetivo de obter a tabela Cota x Área x Volume de um determinado reservatório.
Para cada ponto coletado, tem-se a profundidade medida, através do ecobatímetro, bem como, as informações planimétricas destes pontos (coordenadas geográficas) simultaneamente aos dados de profundidade.
Feito isto, temos uma malha de pontos para fazer o processamento das curvas batimétricas dentro do reservatório, que unem pontos de mesma profundidade. Através da interpolação destes dados, é possível obter o volume armazenado e a área superficial em cada cota desejada.