Nesta quarta-feira (25), a Comissão Gestora do Sistema Hídrico Pedras Brancas participou da 3ª Oficina de Construção do Plano de Gestão Proativa de Secas do referido sistema. O encontro, na Câmara Municipal de Banabuiú, buscou consolidar os principais pontos discutidos nas oficinas anteriores.

De forma proativa, o Plano tem três pilares fundamentais que contemplam diferentes escalas e finalidades: o monitoramento preventivo e o alerta precoce, a avaliação da vulnerabilidade, do impacto e a mitigação, o planejamento e as medidas de respostas.

O projeto está institucionalmente vinculado à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), e é coordenado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Programa Cientista Chefe, em parceria com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).

Os professores Eduardo Amaral e Delfábio Teixeira, do IFCE – Campus Quixadá, conduziram as atividades com membros da Comissão Gestora, representantes da sociedade civil, do poder público e usuários de água.

O professor Eduardo apresentou o plano, destacando os impactos da seca classificados em três dimensões: ambiental, social e econômica. Para cada tipo de impacto, foram elencados os principais problemas e respectivas ações mitigadoras.

Na sequência, o professor Delfábio explicou os critérios para definição do tempo de permanência em cada cenário de seca, detalhando as medidas de contingência associadas. Os cenários considerados foram: Normal, Alerta, Seca e Seca Severa. Dois conjuntos de percentuais de tempo de permanência foram apresentados:

  • No cenário menos restritivo: Normal (90%), Alerta (5%), Seca (3%) e Seca Severa (1%);
  • No cenário mais restritivo: Normal (85%), Alerta (8%), Seca (5%) e Seca Severa (2%).

Foram discutidos os níveis de racionamento com base nos diferentes usos da água, como abastecimento humano, usos múltiplos e usos difusos. O plano estabelece a divisão entre usos prioritários e não prioritários, com vistas à adoção de medidas mais eficientes durante períodos críticos.

Ao final, foi consensuada a demanda do Sistema Hídrico Pedras Brancas em torno de 415 litros por segundo (l/s), tomando como referência o período em cenário de normalidade.

O documento passará por avaliação do Comitê da sub-bacia do Banabuiú, em setembro.

O encontro foi um marco importante no processo de construção coletiva e preventiva frente à escassez hídrica, reforçando o papel participativo da Comissão Gestora na busca por soluções sustentáveis para o uso da água no território.

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