Paracuru. O projeto Aquífero Litorâneo, que deveria ter sido executado no mês passado, voltou a ser lembrado pelo Comitê de Bacia da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em reunião ocorrida no último dia 22. O principal assunto foi a inclusão e o enquadramento do Açude Acarape do Meio.

>Governo atrasa ativação dos aquíferos

No entanto, a ocasião também foi oportuna para o governo do Estado lembrar que outras alternativas estão sendo pensadas para suprir a rede com oferta hídrica. Foram citadas ações que estão sendo desenvolvidas e estudadas, tendo como exemplos o Aquífero Litorâneo e o projeto piloto da Usina de Dessalinização no Pecém.

Sobre o Aquífero Litorâneo, a ação que acontecerá no trecho compreendido entre Pecém e Paracuru é visto pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) como uma maneira de possibilitar a economia das reservas dos açudes que abastecem a Capital, especialmente o complexo formado pelos reservatórios do sistema Pacoti, Gavião e Riachão.

Demandas

De acordo com SRH, o trabalho técnico mostra possibilidade de captação de água por meio da perfuração de poços no litoral Oeste, onde foram verificadas as condições mais viáveis. Naquela área, se atenderia parte das demandas do lado oeste da Região Metropolitana de Fortaleza. A Cogerh garante que há recursos do Estado e novos levantamentos para a expansão do programa de perfuração de poços, especialmente, em solos sedimentares, que se insere nas áreas de dunas, facilitando, assim, a perenidade das lagoas.

A presidente do Comitê, Mailde do Rego, enfatizou que “a população de Fortaleza deve ter mais consciência na economia de água, propagando informações de educação ambiental uns aos outros”.

Consulta

Daí porque também foi feita articulação entre os membros do Comitê para contribuições com a Minuta do Projeto de Lei de Conservação e Recuperação dos Mananciais do Ceará, apresentada pela assessora da Presidência da Cogerh, Ana Araújo. “Estamos fazendo uma consulta em todos os Comitês de Bacias para que eles mandem suas contribuições para a construção dessa Minuta. Entendemos que as leis, relacionadas à Política Estadual de Recursos Hídricos, devem ser trabalhadas com a participação dos membros dos Comitês, desde sua concepção, porque facilita inclusive a sua implementação. Isto visa o fortalecimento da gestão, objetivando a sustentabilidade ambiental no Estado do Ceará. Temos interesse em avançar na qualidade da água e não somente na quantidade, no Estado do Ceará”, afirma Ana. “Vale salientar que essas leis são uma demanda dos próprios Comitês de Bacias que têm interesse nos mananciais, principalmente na sua conservação. Estes devem atender aos múltiplos usos, mas precisamos fazer um acordo para implementar soluções sobre recuperação e conservação, especialmente aos que dão suporte ao abastecimento humano”, relata a assessora.

Açudes

Na reunião também teve a apresentação da situação hídrica da Bacia da RMF, que encontra-se com 19,46% de volume, e alternativas de abastecimento, pelo analista em Gestão dos Recursos Hídricos, Krisnha Martins. “Devido à incerteza quanto ao inverno em 2017, é importante que tenhamos uma redução na demanda de água, para evitar o desabastecimento. Estamos contando com a Transposição do Rio São Francisco. Ainda neste mês deverá ser entregue às agências regulamentadoras o Plano de Contingência que irá especificar como funcionará o racionamento de água em Fortaleza e municípios da Região Metropolitana.

fonte:http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/comite-destaca-alternativas-1.1576990

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