O açude Tijuqinha, em Baturité, 93 km de Fortaleza, sangrou na segunda-feira, 23, após dois dias seguidos de chuva. Essa foi a primeira sangria do açude cearense em 2015, conforme levantamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O primeiro açude a sangrar do ano foi o Gavião, em Pacatuba.

Com capacidade para 974.000 m³, o Tijuqinha estava sendo o primeiro a sangrar no Ceará, nos últimos anos – em 2014, 2013, 2012 e 2011. Neste ano, a sangria do Gavião ocorreu no dia 25 de fevereiro, quando ele atingiu 100% da capacidade. Com volume atual de 98.27%, o Gavião é o único açude fora o Tijuquinha com capacidade acima de 90%.

Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), choveu 48 mm em Baturité no último domingo, 22, e 37 mm na segunda-feira, 21. Em março, o volume de chuvas no município chegou aos 201.7 mm, quantidade abaixo da média de 204.9 mm. “Temos alguns dias ainda e como se trata de uma região que chove razoavelmente bem, é possível que a média seja alcançada”, avalia Raul Fritz, meteorologista da Funceme.

Baturité, ainda conforme o meteorologista, possui nuvens orográficas que contribuem para as precipitações na região. “Muitas dessas nuvens, na região serrana, trazem água também para a parte baixa do município”, completa Raul.

Dos 149 açudes monitorados pela Cogerh, 127 estão com acúmulo inferior a 30%. Em fevereiro, o açude Independência – que não é monitorado pela Cogerh – sangrou e despejou água no rio Poty, que segue na direção do município de Crateús.

O último prognóstico da Funceme apontava 50% de chances de chuvas abaixo da média no Ceará.

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