Apenas as bacias dos Sertões de Crateús, Ibiapaba, Salgado e Curu receberam volume de chuvas maior que a média histórica nos primeiros meses do ano. Outras como Banabuiú e Médio Jaguaribe preocupam

Passados três meses do ano e dois da quadra chuvosa (que vai de fevereiro a maio), oito das 12 bacias hidrográficas do Ceará receberam volume de chuvas abaixo da média histórica do período. Em duas delas (Médio Jaguaribe e Banabuiú), o nível de chuva registrado ficou cerca de um quarto aquém do esperado para o período. A bacia do Banabuiú foi a que teve menor volume de chuvas recebido no período, quando se compara ao histórico, com apenas 73,02% do esperado para os três primeiros meses do ano.

Outro dado importante em relação ao primeiro trimestre de 2016 é o volume de chuva registrado em duas importantes bacias para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A bacia do Médio Jaguaribe, onde fica o açude Castanhão, recebeu apenas 75,52% de chuvas em relação à média histórica, ficando à frente apenas da bacia do Banabuiú.

Já a bacia Metropolitana teve números um pouco mais expressivos (83,69%), mas ainda abaixo do esperado para o período. Até mesmo a bacia dos Sertões de Crateús — a que apresentou maior valor em relação à média histórica, com 5,33% a mais — inspira alerta.

Segundo dados atualizados até ontem do Portal Hidrológico, a bacia dos Sertões de Crateús estão com apenas 4,39% da capacidade. A bacia do Curu, que também apresentou um nível de chuvas acima do esperado, está com 2,69% da capacidade.

De acordo com Débora Rios, diretora de Operações da Companhia de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh), ainda é cedo para avaliar o impacto das chuvas da quadra chuvosa nas bacias hidrográficas do Estado. “A gente tem que aguardar o fim da quadra chuvosa.

Baseado nesses dois primeiros meses, nenhum município entrou em colapso”, lembrou Débora, reforçando que as bacias do Curu, Sertões de Crateús e Banabuiú inspiram maior alerta.

Chuvas

Se a maior parte das bacias preocupa, três delas tiveram chuvas satisfatórias de janeiro a março deste ano. Mesmo sem atingir a média histórica, as bacias de Coreaú, do Litoral e do Alto Jaguaribe ultrapassaram a barreira dos 90% de chuvas da média.

Saiba mais

Chuva nas bacias

Sertões de Crateús

382,8mm (média histórica)/ 403,2mm (observado nos três primeiros meses de 2016)

Serra da Ibiapaba

379,8mm (média)/389,1mm (observado)

Salgado

512mm (média)/ 515,8mm (observado)

Curu

375,5mm (média)/ 377,6mm (observado)

Coreaú

617,3mm (média)/ 608,3mm (observado)

Litoral

483,7mm (média)/ 452,2mm (observado)

Alto Jaguaribe

392,8mm (média)/ 365,9mm (observado)

Metropolitana

443,8mm (média)/ 371,4mm (observado)

Acaraú

472,5mm (média)/ 394,7mm (observado)

Baixo Jaguaribe

376,9mm (média)/ 313,6mm (observado)

Médio Jaguaribe

395,4mm (média)/ 298,6mm (observado)

Banabuiú

335,1mm (média)/ 244,7mm (observado)

fonte:http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:LxNYn3cj_rkJ:www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/04/01/noticiasjornalcotidiano,3596746/oito-das-12-bacias-registraram-menos-chuvas-que-a-media.shtml+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Previous post Capital volta a receber fortes chuvas nesta sexta-feira (1)
Next post SITUAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DAS SEDES MUNICIPAIS DO ESTADO DE CEARÁ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *