Juazeiro do Norte/Quixadá. Mais uma cidade iniciou o racionamento do fornecimento de água. As baixas reservas hídricas obrigaram, ontem, Quixeramobim a também restringir o fornecimento. Os planos de racionamento já foram efetivados nos municípios de Canindé, Crateús e Caririaçu.
Na edição de ontem, o Diário do Nordeste divulgou o problema do racionamento que chega ao interior, atingindo, especialmente, o abastecimento humano. Em Quixeramobim, o serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), anunciou ontem o inicio do racionamento de água na cidade, em razão dos baixos índices dos Açudes do Fogareiro e da Barragem, reservatórios de onde é captada a água para abastecimento à população.
Segundo o presidente do SAAE, José Ronilson de Paula, por enquanto há necessidade de racionamento apenas na área urbana do município. Mesmo assim, a manobra de corte no abastecimento, pelo período de 12 horas, foi dividida para quatro setores da cidade.
A cada três dias, um deles vai ficar sem abastecimento das 9 horas às 21 horas. A medida deverá assegurar o fornecimento de água nas torneiras pelo menos até o fim do ano, enquanto a adutora ligando o açude Pedras Brancas, em Quixadá, ao Fogareiro, não é concluída.
A situação de escassez também deverá afetar outros municípios da região Centro do estado. Na avaliação da gerente regional da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Telma de Oliveira, a próxima cidade da bacia hidrográfica do Banabuiú a enfrentar racionamento será Madalena. O Açude Umarí está apenas com 1,2% de sua capacidade. Como foi construído recentemente, em 2011, e não houve inverno regular nos anos seguintes, o reservatório não acumulou água. Na próxima quarta-feira (13), o Comitê da Sub-bacia do Banabuiú vai se reunir para discutir o racionamento na terceira cidade da região. Conforme a gestora, também há dificuldade de abastecimento em Boa Viagem.
Carros-pipa
No Cariri , o município de Caririaçu é o que mais vem sofrendo com a falta de água para o abastecimento. Desde o início deste ano a população que reside na cidade é abastecida através de carros-pipa, contratados pela Defesa Civil do Estado e pela Prefeitura local. A água utilizada pelos pipeiros é captada do açude Manoel Balbino, popularmente conhecido por açude dos Carneiros, onde se espera ser construída uma adutora pelo governo do Estado para solucionar, em definitivo, o problema de abastecimento na cidade.
Paralela a esta situação, Missão Velha, Mauriti, Porteiras e Brejo Santo contabilizam enorme prejuízo devido à paralisação da Operação Pipa, desenvolvida pela Defesa Civil e pelo Exército Brasileiro. Em Missão Velha, cerca de 9 mil pessoas estão prejudicadas. O município possui oito rotas para realização de distribuição de água através de carros-pipa. A situação mais preocupante vem sendo enfrentada por populares que residem próximos a Serra do Araripe e em toda a extensão do distrito de Jamacaru. Para minimizar o problema, a atual administração implantou quatro caixas de água que servem de reservatório da água que é distribuída na comunidade através dos carros- pipa pagos pelo município.
Em Mauriti, o problema atinge há 800 famílias residentes nas regiões de Palestina, Nova Santa Cruz, São Miguel, Espírito Santo e Anauá. Um único caminhão-pipa custeado pelo município vem tentando realizar o atendimento às as comunidade através das três rotas criadas para o abastecimento emergencial. Em Brejo Santo o número de pessoas abastecidas por carro-pipa é de 4.500. O município, que também foi prejudicado pela decisão da Sedec em suspender o programa de distribuição hídrica, espera que haja o retorno da ação que vinha sendo desenvolvida pelo Exército para minimizar a problemática ocasionada pela falta de água.
O Coronel Ricardo Rodrigues, chefe da Assessoria de Comunicação da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado, informou que novas contratações de pipeiros estão sendo realizadas. “Estamos buscando ampliar a oferta da Operação Pipa, através da contratação de novos motoristas ou, então, pela recontratação de pessoas que já estavam inseridas no programa.
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