Uma semana após o fim da quadra chuvosa, a avaliação de representantes de Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH) do Ceará é de que as chuvas deste ano não são suficientes para garantir segurança hídrica para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

“A situação continua crítica, ainda não temos segurança hídrica, principalmente para abastecer a Capital”, afirmou Pedro Florindo, vice-presidente do CBH da Região Metropolitana. Desde ontem, representantes se reúnem em Fórum para discutir a situação hídrica dos reservatórios do Estado.

Mesmo com ocorrência de chuvas maior que nos últimos cinco anos, os dados divulgados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontam que no quadrimestre, entre fevereiro e maio, choveu 543,8mm, 9,46% abaixo a média histórica, que é de 600,6mm.

De acordo com Alcides Duarte, coordenador geral do Fórum Cearense dos CBH, para a maior parte do Estado foi mais um ano de seca, especialmente para as regiões Central e Sul. “A região Norte foi onde choveu mais, e em Fortaleza e RMF, ainda assim, a principal fonte de abastecimento da Capital é a área do Vale do Jaguaribe, onde as chuvas foram abaixo da média”.

Alcides ressalta que, neste ano, não está prevista transferência de águas do açude Orós para Fortaleza. “É preciso outras alternativas. O que o Governo está fazendo é buscar de forma emergencial, com estudos, poços e adutoras, garantir abastecimento”, conclui.

No próximo dia 13, a Funceme apresentará o resultado da avaliação pluviométrica da quadra chuvosa de 2017. Em reunião serão apresentados dados sobre regularidade pluviométrica, distribuição de chuvas, regiões beneficiadas, entre outros.

O POVO tentou contato ontem com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), mas gestores estariam em reunião e não foi concedida entrevista.

fonte:http://www.opovo.com.br/jornal/cotidiano/2017/06/comites-alertam-que-situacao-hidrica-na-rmf-e-critica.html

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