ATA DA DÉCIMA NONA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO COMITÊ DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BANABUIÚ – ANO: DOIS MIL E VINTE UM

Aos vinte dias do mês de setembro do ano de dois mil e vinte um, às quatorze horas, realizou-se a Décima Nona Reunião Extraordinária deste Comitê, realizada de forma virtual através da Plataforma de Vídeo Microsoft Teams, em atendimento à Portaria Nº 566/SRH-CE, que regulamenta a participação e votação em reuniões virtuais ordinárias e extraordinárias dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Ceará, tendo como pauta: Abertura da reunião; Chamada dos membros presentes; Aprovação das Atas das 70ª e 71ª Reuniões Ordinárias; Discussão da Liberação de Água do Sistema Hídrico Pedras Brancas; Discussão sobre a Operação do Sistema Hídrico Banabuiú; Encaminhamentos e Encerramento. Estiveram presentes na referida reunião os seguintes membros: o Sr. Hilmar Sérgio Pinto da Cunha (Câmara Municipal de Morada Nova), a Sra. Maria Roselene Buriti Lima e o Sr. Antônio Renê Matias Lobo (Câmara Municipal de Quixadá), o Sr. Adilon Ferreira de Sousa (Câmara Municipal de Pedra Branca), os Srs. Antônio Bastos de Lima e Daniel Bandeira Lima (Prefeitura Municipal de Banabuiú), o Sr. Sidney Sillas Silva Araújo (Prefeitura Municipal de Ibicuitinga), o Sr. Francisco Almir Frutuoso Severo (Prefeitura Municipal de Madalena), o Sr. Alexandre Martins da Silva (Prefeitura Municipal de Senador Pompeu), o Sr. Uelinton de Souza Lacerda (Prefeitura Municipal de Quixeramobim), o Sr. Edinardo Sales Pinheiro (Prefeitura Municipal de Piquet Carneiro), o Sr. José Ivandir Silva (Prefeitura Municipal de Boa Viagem), o Sr. Luis Amisterdan Alves de Oliveira (Secretaria dos Recursos Hídricos – SRH), o Sr. José Audisio Girão Barreto (DNOCS), os Srs. Gilberto Mobus e Porfirio Sales Neto (FUNCEME), o Sr. Lincoln Davi Mendes de Oliveira (SEMACE), as Sras. Daniela Queiroz Carneiro e Fernanda Maria Sousa Magalhães (FUNASA), o Sr. José Américo de Lima (EMATERCE), a Sra. Neyla Diogenez Mendonça Andrade (INCRA), a Sra. Maria Audelinda Santiago (CREDE 12), o Sr. Marlos Alves Bezerra (EMBRAPA), o Sr. Samuel Meneses Pimenta (SEMA), os Srs. Jair Cardoso Pinheiro e Vicente Honorato da Silva (Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais Agricultores (as) Familiares de Pedra Branca), o Sr. Antônio Cavalcante Pinheiro (Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais Agricultores (as) Familiares de Quixeramobim), a Sra. Ana Maria Cavalcante (Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais Agricultores (as) Familiares de Banabuiú), o Sr. Wilton MagnoViana Pinheiro (Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais Agricultores (as) Familiares de Milhã), a Sra. Maria Angélica Almeida Barros (Associação Comunitária da Manga), o Sr. Leonel Lemos Maia (Associação Comunitária dos Produtores da Lagoa do Tapuio), o Sr. Antônio da Silva Campos (Federação das Entidades Comunitárias de Senador Pompeu), o Sr. Arnaldo Cavalcante Lima (Federação das Associações Comunitárias de Boa Viagem – FEABV), o Sr. Antonio Bernardo Dias (Federação das Associações do Município de Piquet Carneiro), o Sr. Cleverson Carlos Vasconcelos de Souza e a Sra. Lilian Maria Rodrigues Pereira (SEBRAE), o Sr. Hugo Carvalho da Silva (Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro – CDDH-AC), a Sra. Daniele Rabelo Costa (Unicatólica), o Sr. Reinaldo Fontes Cavalcante (IFCE), o Sr. Lucio Aureo Lima (AUDIPIMN), o Sr. Geneziano de Sousa Martins (CAPIVAB), o Sr. Gilson Fernandes da Silva (Libra Ligas do Brasil S/A), a Sra. Annaulhya Patrícia de Freitas e o Sr. Rogério de Oliveira Monteiro (CAGECE), a Sra. Maria Regina do Vale Almeida e o Sr. Raimundo Pereira do Carmo (SAAE de Boa Viagem), o Sr. Luiz Sérgio Girão de Lima (SAAE de Morada Nova), o Sr. Paulo Cesar Rodrigues (SAAE de Banabuiú), a Sra. Tatiana Moraes Rodrigues (SAAE de Quixeramobim), o Sr. Gilberto Sousa Lima Cavalcante (SAAE de Pedra Branca), o Sr. José Oeles Rodrigues Pereira (SAAE de Madalena) e o Sr. Márcio Cruz Benicio Lopes (SISAR). Também estiveram presentes na reunião, o Sr Paulo Ferreira, Gerente Regional da COGERH de Quixeramobim, o Sr. Luis Cesar Pimentel, Coordenador do Núcleo Técnico, a Sra. Dayana Magalhães, Coordenadora do Núcleo de Gestão, os Analistas de Gestão dos Recursos Hídricos, Sr. Pedro Hugo e Sra. Isabel Giovana, os técnicos Michelly Setúbal e Caio Batista, o Assistente Administrativo, Hugo Costa e o Estagiário, Roney Alves. Logo após, o Presidente Chico Almir, saudou a todos, justificou sua ausência na reunião anterior, informou a pauta, passou a palavra para os demais membros da diretoria. Em seguida, realizou a chamada dos membros, com a presença de 44 instituições e mais uma vez ressaltou a assiduidade e compromisso com 86% do colegiado presente. Repassou os seguintes informes: O Comitê do Banabuiú terá uma capacitação de Reuso de Água – Tecnologia e Inovação que será realizada de forma virtual, em dois dias com uma carga horaria de 04 horas em cada dia, foram aprovados em plenária os dias 05 e 19 de outubro/21, no período da tarde; A próxima reunião do Comitê do Banabuiú será a 72ª Reunião Ordinária, que de acordo com o planejamento está prevista para o dia 17 de Dezembro/21(sexta-feira), no entanto, será informado com antecedência se a mesma será realizada de forma presencial, virtual ou híbrida. Na sequência, a plenária aprovou as Atas das 70 ª e 71ª Reuniões Ordinárias do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Banabuiú, a qual foi enviada por e-mail com antecedência a todos os membros. Antes da explanação pediram o uso da palavra a Sra. Audelinda, representante da Crede 12 em Quixadá e a Sra. Daniela Rabelo da Unicatólica de Quixadá, ressaltaram que a discussão sobre o açude Pedras Brancas que está em pauta, causa muita preocupação para a população de Quixadá, tendo em vista, a complexidade do abastecimento da maior sede municipal do Sertão Central, onde o fornecimento e a qualidade da água já estão sendo comprometidas. Outro agravante é o nível do reservatório que está com apenas 4% da capacidade e também perde muito por evaporação. Ambas pediram para que os membros da plenária fossem racionais na votação quanto ao pedido de liberação do açude Pedras Brancas, ressaltaram também a necessidade das comunidades ribeirinhas localizadas à jusante do reservatório que também precisam serem atendidas. No entanto, esperam que o município e o Governo do Estado encontrem alternativas como perfurações de poços, carros pipa, que possam atender as demandas destas comunidades. O Sr. Leonel Lemos, Secretário Adjunto da Associação Comunitária Lagoa do Tapuio, relatou que podem existir outras alternativas para atender as comunidades, porém a necessidade é urgente e defendeu que uma descarga controlada do açude Pedras Brancas, amenizaria o problema. Pediu para que a COGERH apresente os dados técnicos para depois iniciar o debate. Os Srs. Bastos e Daniel Bandeira da Prefeitura Municipal de Banabuiú, justificaram que o pedido de liberação é para atender o rebanho de 450 famílias localizadas no trecho a jusante do açude Pedras Brancas, até a Barra do Sitiá e se colocaram à disposição para quem quiser fazer uma visita “in loco” para constatar a situação. Em seguida, o Presidente enfatizou que a reunião é o espaço de manifestação de todos e pediu para que de forma democrática e respeitosa, pudessem assistir atentamente a apresentação e após debater em plenária e externar suas convicções. Logo após, convidou o Sr. Luis Cesar, Coordenador da Gerência Regional da COGERH de Quixeramobim para apresentar sobre a Operação Emergencial do Sistema Hídrico Pedras Brancas. Iniciou informando que foram realizados levantamentos “in loco” em todo o vale perenizado do Rio Sitiá, como também estudos e levantamento batimétricos na localidade de Tapuiará, onde está localizado o ponto de captação da CAGECE, no município de Quixadá, principal sistema de abastecimento da sede de Quixadá e dos distritos de Juatama e Tapuiará. Relembrou que no dia 09 de junho/21 o Comitê do Banabuiú, através da 70ª Reunião Ordinária, deliberou a alocação dos açudes São José II, no município de Piquet Carneiro e o açude Poço do Barro no município de Morada Nova. Para o açude Pedras Brancas, a deliberação foi de não alocar no 2º semestre de 2021, considerando o cenário de criticidade. De acordo com os dados técnicos, atualmente o reservatório encontra-se na cota 111,85m com o volume de 18,02 hm³ que corresponde a 3,95% da capacidade total de armazenamento. Na sequência, apresentou a Evolução Volumétrica do açude Pedras Brancas no período de 2010 a 2021, destacou o ano de 2011 como o último registro de aporte significativo e a partir de 2015, com a escassez hídrica, o volume só foi rebaixando. Relembrou que em setembro/20 o volume armazenado era de 37,42 hm³, 8,21% da capacidade total. Apresentou o histórico de volumes e vazões alocadas do açude Pedras Brancas de 2012 a 2021. Onde em 2014 com o agravamento da crise hídrica o reservatório passou a operar com a vazão reduzida e restrições de uso. No ano de 2015 iniciou a operação da AMR para abastecer o município de Quixeramobim e em 2021 o Comitê do Banabuiú decidiu pela não liberação, operando com a vazão de 165 l/s para atendimento somente das demandas instaladas para abastecimento humano: 140 l/s para CAGECE Quixadá Sistema Integrado, 5 l/s para Sistemas de Abastecimento Rural e 20 l/s para perenização. Informou que está sendo construído um sistema para abastecer o distrito de Cipó dos Anjos, ainda em fase de teste, porém em breve deverá operar e será contemplado na demanda de sistemas de abastecimento rural. Acrescentou que de acordo com a simulação, no dia 20/09/21 o açude Pedras Brancas está com o volume de 18,02 hm³ e chegará no dia 31/01/22 com o volume de 10,82 hm³ que representa 2,40 %. Em seguida, apresentou imagens de satélite atuais, mapa das isóbatas observando os pontos de maior profundidade e a localização do ponto de captação no Distrito de Tapuiará. São dados atuais para estudar as fragilidades do sistema e subsidiar a Concessionária de Abastecimento no tocante a movimentação da capacitação. Logo após, mencionou que de acordo com o mapa batimétrico, a captação do açude Pedras Brancas, já foi deslocada para outra área mais profunda e provavelmente terá que se deslocar novamente uns 800m a1km. Explicou que o levantamento foi realizado pela COGERH, para subsidiar a implementação de ações que visam otimizar a operação do sistema. Dando continuidade, explanou o comparativo simulado e realizado que de acordo com a simulação, previa que o reservatório chegasse na presente data, na cota 111,85, com o volume de 18.021.438 m³, sendo atingido a meta estabelecida, trabalhando dentro do limite operacional que foi planejado. Na sequência, apresentou a Operação Emergencial 2021.2, ressaltou que o trecho da tomada d’água do açude Perdas Brancas até a Barra do Sitiá, tem uma extensão de 41,65 km. Explicou que nas operações em que o sistema operou em condições normais, tinha o Sitio Buraco como referência para atendimento, que fica a 32,2 km de distância. Devido as características ambientais e morfológicas do Rio Sitiá, foi dividido em dois trechos: 1º trecho do açude Pedras Brancas até a Galiza, onde o aluvião praticamente não existe e contem uma quantidade grande de vegetação e o 2º trecho da Galiza até o Sitio Buraco, onde é possível encontrar na planície aluvionar, regiões propícias para perfurações de poços rasos e poços de Jacó. Acrescentou ainda que o rio tem uma quantidade acentuada de meandros e baixa declividade, fazendo com que a dinâmica hidráulica de perenização se torne lenta e dificultando a operação. Em seguida, informou algumas ações que a COGERH realizou, como uma limpeza com a retroescavadeira hidráulica no 1º trecho, logo a jusante do açude Pedras Brancas, onde tiveram muita dificuldade, pois moradores da região não concordam com a realização da limpeza, devido adotarem uma cultura do plantio de capim na margem do rio, porém a Prefeitura e o Saae de Banabuiú deram total apoio a COGERH para a realização das ações. No 2º trecho, foram realizadas sondagens para escavação de poços de Jacó e poços rasos, ressaltou que o resultado foi positivo e seria uma boa alternativa para a região da Galiza até o Buraco. Logo após, foi apresentado o diário de vazão da operação em 2020.2, sendo aprovada a vazão média de 120 l/s, do dia 10/08/20 a 31/01/21, onde a regra de operação não foi uma vazão contínua. Foi liberada uma vazão de 0,375 m³/s por 40 dias, totalizando um volume liberado de 1.291.950 m³, suficiente para garantir o abastecimento durante 88dias. Destacou ainda que a quadra chuvosa de 2021 na Bacia do Banabuiú obteve baixas precipitações, estando em condições bem mais adversas do que em 2020. Diante todos os cenários analisados e as condições do rio Sitiá que se encontra com os poços secos e a saturação do solo muito baixa, apresentou como proposta de regra de operação para a Operação Emergencial, uma liberação através de descarga controlada de 0,600 m³ durante 40 dias, totalizando um volume liberado de 2.073.600 m³. Enfatizou que qualquer vazão liberada inferior a esta vazão, corre o risco de não atender as demandas instaladas atualmente. Diante da regra de operação proposta, apresentou 2 cenários: o 1º cenário operando com a vazão média de 165 l/s, sendo 140 l/s para CAGECE, 5 l/s para Sistemas de Abastecimento Rural e 20 l/s para perenização. O 2º cenário operando com a vazão média de 340 l/s com a mesma demanda para CAGECE e Sistemas de Abastecimento Rural e 195 l/s para perenização. De acordo com a simulação no dia 20/09/21, o reservatório está com o volume de 18,02 hm³, 3,95% da capacidade, com previsão de no 1º cenário chegar no dia 31/01/22 com 10,82 hm³ que representa 2,40% e no 2º cenário, chegar no dia 31/01/22 com o volume de 9,13 hm³, que representa 2%. Finalizou enfatizando que o dado mais importante entre os dois cenários é a variação da cota, trata-se de uma lâmina de 0,04 m diante de um sistema que possui uma vulnerabilidade muito grande. Se colocou à disposição para quaisquer esclarecimentos. Logo após, foi aberto espaço para as colocações da plenária. A Sra. Annaulhya da CAGECE de Quixadá, enfatizou que o município vem atravessando uma crise no abastecimento com a transição da captação de Quixadá, estando em um cenário de vulnerabilidade já projetando segundo e terceiro plano para a captação do município de Quixadá. Outro aspecto preocupante é a qualidade da água que também está em condições difíceis para tratamento e alertou que a tendência é ter mais dificuldade. Diante do exposto, fez um apelo aos demais membros para que as decisões sejam tomadas com bastante prudência, considerando os impactos que podem causar a uma população de 100 mil habitantes na maior sede municipal da bacia do Banabuiú, Ressaltou que todos têm direito a água, porém é mais viável buscar alternativas para atender as comunidades ribeirinhas do que atender uma cidade como Quixadá. O Sr. Marlos da EMBRAPA, perguntou o que representa uma onda e se é capaz de atender a demanda solicitada e o que representa a diminuição da lâmina de 0,04m na captação para Quixadá. O Sr. Arnaldo da Federação das Associações de Boa Viagem, relembrou a experiência enfrentada pela sede do município de Boa Viagem, quando o açude Vieirão entrou em colapso, que tem uma população bem menor do que Quixadá, relatou entender a situação das famílias que estão passando dificuldades com o rebanho, porém existem políticas públicas que podem buscar amenizar o problema. Afirmou ser muito complicado realizar uma liberação do açude Pedras Brancas que é considerado estratégico neste momento de crise hídrica. O Sr. Reinaldo Fontes do IFCE de Quixadá parabenizou a apresentação, porém sentiu falta de explanar sobre o aspecto qualitativo, perguntou a quantidade de pessoas e atividades que a liberação poderia atender e se o trabalho de desobstrução do rio já foi concluído, para que as informações possam ajudar no processo decisório. Relatou que teve oportunidades de fazer estudos e pesquisas no rio Sitiá, para sua tese e com 6% da capacidade já apresentava problemas de salinidade, eutrofização, que representa toxinas que nem sempre o sistema de tratamento está avançado para remover e chamou atenção, de como poderá estar quando atingir 2% da capacidade. Em seguida, o Coordenador Luis Cesar respondeu que a operação por sistemas de ondas não é convencional, a COGERH tem trabalhado dessa forma nos últimos anos devido a dificuldade de armazenamento dos reservatórios e das questões operacionais ao longo do vale perenizado, onde uma liberação continua implicaria em alguns fatores como fiscalização, acompanhamento e otimização de uso. Para o açude Pedras Brancas, o objetivo dessa onda de 0,600 m³ em 40 dias, é para que tenha um melhor escoamento recarregando os poços aluvionais, podendo chegar na localidade do Sítio Buraco, a 32,2 km de distância da tomada d’água. Ressaltou que está utilizando como parâmetro a onda liberada na operação de2020, porém não tem como garantir que a água chegue a localidade esperada. Quando ao ponto de captação explicou que sem a liberação, a CAGECE já terá que movimentar o flutuante mais uma vez, caso haja uma variação de 0,04 m, abaixo do que se havia planejado, comprometerá significativamente as características do sistema. Quanto ao serviço de limpeza na calha do rio, explicou que ja foi paralisado, foi feito uma tentativa, no entanto, para limpar todo o trecho considerado mais critico, demandaria de muito mais tempo, em alguns trechos a máquina não tem acesso, impossibilitando fazer a retificação. Informou que dados declaratórios em um diagnóstico de uso realizado no ano de 2015, mostram que da tomada d’água do açude Pedras Brancas até a Barra do Sitiá, possuem 1.104 pessoas e 1.065 animais, sendo 508 bovinos e 557 ovinos e caprinos. Ressaltou que ainda não houve uma atualização. O Sr. Sergio Girão do Saae de Morada Nova perguntou se é possível o equipamento de liberação do açude, liberar rapidamente a vazão proposta e depois reduzir, ou pode haver problemas de operação. Perguntou se possuem muitos reservatórios a montante do açude Pedras Brancas, que possam impactar em aportes no próximo ano e finalizou colocando uma reflexão para que Quixadá possa pensar em uma melhor estratégia de atendimento de água para a cidade, acrescentou que ao invés do açude Pedras Brancas, o açude Banabuiú, pode dar uma segurança hídrica maior. O Sr. Samuel perguntou se existe algum estudo para a construção de uma adutora do açude Aracoiaba para atender o município de Quixadá, tendo em vista ser um açude de grande porte e é um plano alternativo para atender Fortaleza. Em seguida, o Sr. Rogério da CAGECE, informou que a captação de Quixadá fica na margem inversa a parede do açude Pedras Brancas, recentemente foi realizada uma mudança no ponto de captação e para movimentar a flutuante a uma distância de 800m , tem um custo financeiro na ordem de RS 1 milhão e 100 mil reais. Sobre trazer água do açude Banabuiú, acrescentou que a solicitação já foi feita pela CAGECE, nas reuniões do Grupo de Contingência do Governo do Estado, para que seja uma ação junto com o Projeto Malha D’água, construindo um ramal do açude Banabuiú trazendo água para o município de Quixadá. Enfatizou que precisaria de uma adutora de 50 km, a SRH é favorável ao projeto, solicitou que fosse realizado um estudo, tendo em vista que o açude Pedras Brancas não tem garantia hídrica, porém não é um processo rápido. Em seguida, o Secretário Adjunto Leonel Lemos, perguntou se no 1º cenário que não há liberação, não seria possível considerar a liberação com a mesma vazão de 2020, para ver até onde a água consegue chegar para tomar outras providências. O Coordenador Luis Cesar respondeu, que os equipamentos hidromecânicos permitem essa liberação na vazão de 0,600 m³, quanto aos açudes que ficam localizados à montante. Ressaltou que o açude Pedras Brancas tem um histórico de aportes muito pequeno, no entanto, não é somente uma particularidade do Pedras Brancas. Acrescentou que a FUNCEME tem realizado levantamentos dos impactos dos pequenos espelhos d’água, na recarga dos reservatórios. Sobre o sistema Quixadá, complementou explicando que o período de estiagem estar deixando grandes ensinamentos, um deles foi testar e comprovar a resiliência dos reservatórios. Informou que o Projeto Malha D’água, é uma política que o Governo do Estado vem implementando que é a captação e distribuição de água, através de sistemas adutores. O 1º projeto que é Banabuiú – Sertão Central, já foi licitado e está aguardando o início das obras. Outro projeto seria o Pedras Brancas – Sertão Central e como o açude Pedras Brancas mostra não ser resiliente, a SRH já estuda uma mudança para Banabuiú Sertão Central 2, que seria uma adutora para atender os municípios de Quixeramobim, Quixadá e Ibicuitinga. Finalizou explicando que o cenário proposto foi muito discutido pela equipe técnica que esteve em campo fazendo levantamentos e realizando simulações e afirmou que infelizmente uma liberação de vazão inferior ao que foi proposto não atende as demandas instaladas, devido a dinâmica de perenização do rio Sitiá está muito precária. Dando continuidade, o presidente relatou que diante de opiniões divergentes e não havendo consenso, propôs uma votação. A Coordenadora Dayana, explicou que foi preparado um formulário digital através do Google Forms, o link será disponibilizado no WhatsApp, onde será criado um grupo para a presente reunião e pelo chat e que somente poderá votar um representante por instituição, será dado 5 min para votação e10 min para tabulação. Em seguida a votação foi encerrada. Houveram 38 votantes, sendo 16 votos a favor da liberação, 21 votos contra a liberação e 1 abstenção, sendo deliberado a não liberação do açude Pedras Brancas. Em seguida, o Sr. Sergio Girão informou que o poço de Jacó perfurado na localidade de Felipa em Morada Nova, foi instalado porém, não suporta a vazão demandada para o sistema Felipa Casa Nova, acrescentou que a qualidade melhorou mais infelizmente não suporta a quantidade de água para atender a comunidade. Mencionou que conversou com o Diretor de Planejamento da COGERH, o Sr. Elano Joca e sobre a perfuração de dois poços aluvionais no leito do rio e informou que a COGERH está fechando o orçamento para discutir a parceria entre o SAAE, Prefeitura Municipal de Morada Nova e COGERH para a construção da adutora para atender a comunidade. O Coordenador Luis Cesar se desculpou por não conseguir abrir a apresentação sobre a pauta do açude Banabuiú, porém se propôs a fazer uma síntese da operação do açude Banabuiú,desde o dia 1º de julho que foi realizado o Seminário de Alocação dos Vales Jaguaribe e Banabuiú, onde obteve o mesmo cenário aprovado nos dois últimos anos, alocando a vazão de 250 l/s para perenização, distribuídas em 3 liberações de 1.8 m³/s, durante 10 dias com intervalos de 60 dias. Foram apresentados os sistemas de abastecimento existentes do Banabuiú até Juazeiro da Quintina, explicou que houve uma discussão sobre os sistemas que ficam a jusante de Juazeiro da Quintina e surgiu uma solicitação do Saae de Morada Nova, para que fossem implementadas ações com o objetivo de otimizar o volume alocado na tentativa de atender todas as comunidades. Explicou que em 2020 a operação foi satisfatória, a água chegou bem próximo da Localidade de Felipa, beneficiando 6 dos 7 sistemas existentes após a localidade de Juazeiro da Quintina. Acrescentou que em 2021, dada as condições do leito do Banabuiú, a dinâmica de operação ficou muito comprometida e então a COGERH em parceria com a CAGECE e o Saae de Morada Nova, começou a desempenhar ações para tentar otimizar a operação do açude Banabuiu. Informou que a 1ª liberação foi realizada no dia 12 de julho/21, liberando uma vazão de 1. 778 m³/s durante10dias, liberando um volume de 1.552.283 m³, passado 10 dias a água havia avançado apenas 39 km e ainda não tinha chegado na localidade da Barrado Sitiá. No dia 04 de agosto/21, foi feito uma avaliação pela equipe técnica com o apoio da Gerência de Desenvolvimento Operacional, equipes foram a campo, realizaram geoprocessamento da região com imagens de satélite, foi comparado com dados de anos anteriores para identificar as possíveis causas para o fraco desempenho, chegando a conclusão que foram as condições naturais do rio que estavam insatisfatórias, devido a quadra chuvosa de 2021 ter sido muito abaixo da média, comprometendo a dinâmica de operação. Foi recomendada a antecipação da 2ª onda, que iniciou no dia 04 de agosto/21, com a vazão de 1.667 m³/sdurante11 dias com o volume liberado de 1.602.320 m³, após os 11 dias a água conseguiu chegar em Juazeiro da Quintina, porém não conseguiu avançar, mesmo com as ações desenvolvidas pela COGERH com o objetivo de otimizar a operação como: construção de janelamento na passagem da comunidade de Lagoa Grande, retificação de 6 km de calha a jusante de Juazeiro da Quintina. Em paralelo a COGERH juntamente como Saae de Morada Nova vem discutindo ações a serem implementadas para atender a comunidade de Felipa que enfrenta dificuldades no abastecimento. Em seguida, o presidente agradeceu a participação de todos, a forma democrática, pela qual foi conduzida a deliberação e encerrou a reunião. Nada mais havendo a relatar, eu Maria Rosilene Buriti Lima, declaro encerrado este termo de ata.

Previous post Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Banabuiú realiza sua 71ª Reunião Ordinária
Next post Capacitação – Reúso de água, tecnologia e inovação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *