O Governo Federal entregou 750 mil cisternas na região do semiárido nordestino dois meses antes do prazo previsto. As obras são parte das ações do programa “Água para Todos” e tinham conclusão prevista para dezembro. Em entrevista ao jornal O POVO, Arnoldo de Campos, Secretário Nacional de Segurança Alimentar, disse que a meta agora são obras complementares, que possibilitem o bom convívio dos habitantes do semiárido com a seca que afeta a região.

 

Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), no Ceará foram implantadas, desde 2011, 183,9 mil cisternas, que beneficiaram 735 mil pessoas em 170 municípios. No Brasil, os reservatórios foram instalados de Minas Gerais até o Maranhão.

 

Com a construção de cisternas, o secretário vê como solucionado um dos maiores problemas dessa região: armazenar água. Segundo ele, mesmo curtas, as temporadas de chuvas no semiárido unidas a um sistema de armazenamento adequado permitem que os habitantes da região passem por estiagens sem falta de água.

 

Em secas mais prolongadas, ele afirma que as cisternas facilitarão a distribuição emergencial pelos caminhões-pipa.

 

Campos ressalta que o Água para Todos une políticas públicas que vão desde grandes obras, como a transposição do rio São Francisco, até ações menores, como a instalação de cisternas.

 

Futuro

Como próximo passo, o secretário nacional de Segurança Alimentar aponta maior investimento em cisternas com água destinadas à higiene e à produção agrícola – o “segundo uso da água”, após consumo humano. Campos afirma que já foram entregues 76 mil reservatórios com essa finalidade. A previsão é de mais 80 mil até o fim do mês e 100 mil até o fim do ano.

 

Segundo o secretário, o trabalho também se expande em busca de comunidades que não foram beneficiadas pelo programa. Escolas públicas da região do semiárido devem receber cinco mil cisternas.

 

NÚMEROS

 

183,9

mil cisternas foram construídas no Ceará desde 2011

 

735

mil pessoas em 170 municípios do Ceará foram beneficiadas

 

Saiba mais

 

Tipos de cisternas

 

Segundo Arnoldo de Campos, foram instaladas dois tipos de cisternas: de placas de cimento e de plástico. Ambas com a capacidade de 16 mil litros, o suficiente para atender às necessidades de uma família de cinco pessoas durante seis meses de estiagem.

 

O diferencial, aponta Campos, é que as de cimento custam cerca de R$ 2,8 mil, enquanto as de plástico chegam a R$ 5 mil. Entretanto, ele diz que, embora mais caras, as de plástico – um terço do total – foram essenciais para atingir a meta.

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