Capacitação Teórica sobre o Conhecimento de Práticas de Convivência com o semiarido, aplicadas as bacias hidrográficas do estado do Ceará.

Relatório da Capacitação Teórica sobre o Conhecimento de Práticas de Convivência com o semiarido, aplicadas as bacias hidrográficas do estado do Ceará.

Data: 20/10 e 21/10 / 2011.

Início: 08:30min ás 17hs

Local: Auditório do Hotel Belas Artes- Quixadá – CE

 

 

ABERTURA DA REUNIÃO

 

Abertura foi realizada pela vice-presidente do Comitê da Bacia do Banabuiú, o Sr. Edson de Melo conforme descrição abaixo:

 

  • Edson: Iniciou a reunião saudando todos os presentes, onde ressaltou a importância da capacitação para as práticas de convivência com o semiárido, sendo fundamental para a vida cotidiana do agricultor.

  • Evandro Felisberto (Secretário Geral do CSBH – RB): Se apresentou para o plenário, e na sequência disse que o conhecimento sobre as práticas de convivência com o semiárido, irá ser viável para a vida cotidiana do trabalhador.

  • Tema Pontes (Gerente Regional da Bacia do Banabuiú): Desejou boas vindas e um bom trabalho para todos os presentes. Prosseguiu dizendo que a capacitação tem a participação dos membros do Comitê da Sub-Bacia do Rio Banabuiú e suas comissões Gestoras, como também membros do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Baixo e Médio Jaguaribe. A Dra. Telma convidou o Sr. André da Cunha (Técnico da COGERH Regional de Limoeiro do Norte) para fazer o uso da palavra.

  • André da Cunha (Técnico da COGERH Regional de Limoeiro do Norte): Se apresentou e na sequência ressaltou que a capacitação foi extensiva para os membros do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Baixo e Médio Jaguaribe, com representação de cada comitê citado. O mesmo ressaltou que o conhecimento adquirido sobre convivência com o semiárido na capacitação, será de grande valia para todos os participantes.

    APRESENTAÇÃO E DISCUSSÕES NO PLENÁRIO

    1° DIA

O SEMIÁRIDO CEARENSE

  • João Bosco de Oliveira (Agrônomo): Se apresentou para o plenário e em seguida falou que iria explanar sobre as práticas de convivência com o semiárido, onde nesse contexto a Sr. Regina Régia (EMATERCE) apresentará no segundo dia da capacitação algumas práticas de convivência que a EMATERCE executa no estado do Ceará. O Sr. Bosco falou que todos os participantes receberão um CD, na qual contém todas as apresentações realizada na capacitação. Em seguida o Sr. Bosco pediu que todos se apresentasse para o plenário dizendo o seu nome e a instituição. Logo após iniciou a sua apresentação destacando os seguintes aspectos: a compartimentação da paisagem do semiárido brasileiro, o aspecto geomorfológico do Ceará, as metodologias usadas para definição do semiárido, a tabela dos valores de areá e população para os estados de acordo com o novo redimensionamento do semiárido, a distribuição das áreas semiáridas e úmidas/sub-úmidas por estados e o mapa da região semiárida cearense. O Sr. Bosco prosseguiu explanando as proposta de manejo do solo e da cobertura vegetal da água para as zonas semiáridas do estado do Ceará, com os seguintes aspectos: os elementos básicos, os tipos de erosão do solo, as formas de erosão hídrica e seus fatores, as medidas da perda de solo, as fases da fenologia da cobertura vegetal, os tipos e intensidade de uso na produção agrícola, as unidades de mapeamento de solos no estado e o conhecimento da tipologia do solo – unidade geoambiental e imagens dos tipos de solos na região semiárida. Na sequência o Sr. Bosco apresentou imagens das práticas de convivência do semiárido Brasileiro, onde falou que o Projeto Piloto de Desenvolvimento Hidroambiental – PRODHAM, foi realizado na Vila de Iguaçu, no município de Canindé.

    DISCUSSÕES

  • Audisio Girão (Membro do Comitê do Banabuiú – DNOCS): Perguntou qual o local onde se predomina com mais excessividade a caatinga no município de Morada Nova.

  • Bosco: Respondeu que o local é a Serra de Santa Marta, considerado uns dos maiores retrato de depressão sertaneja no município de Morada Nova.

  • Antônio Bastos (Prefeitura Municipal de Banabuiú – Membro do Comitê do Banabuiú): Falou que em algumas regiões, a plantação de mamonas não tem solo apropriado e nem zoneamento, para se ter um bom plantio.

  • Bosco: Disse que deveria ser repassado para os agricultores mudas de plantas nativas, na qual aprimora a agricultura familiar.

  • Leonel Lemos (Associação Comunitária da Lagoa do Tapuio – Membro do Comitê do Banabuiú): Ressaltou que a trepadeira é umas das plantas que germinam no solo, e como também proporciona alimentos para os animais.

  • Cláudio Pereira (Associação Comunitária Sólon José da Silva – Membro do Comitê do Baixo Jaguaribe): Perguntou por que a Jurema é uma planta de difícil desmatamento.

  • Bosco: Respondeu que é devido a raiz ser extensa e também por abrigar espécies de bactérias nitrificantes que fixam nitrogênio, tornando essencial para a vida e o solo. Em seguida o Sr. Bosco ressaltou que no estado do Ceará existe dois radar metereológico, situado nos municípios de Fortaleza e Quixeramobim. Prosseguiu dizendo que o agricultor tem muitas experiências na agricultura e também sobre os fenômenos das zonas climáticas.

  • Telma Pontes: Falou que no município de Quixadá existem os chamados “profeta da chuva”, onde são pessoas da zona rural que realiza as previsões de chuvas baseadas em sonhos, rituais e outros.

  • Lurivan Miranda (Prefeitura Municipal de Iracema – Membro do Comitê do baixo Jaguaribe): Perguntou onde poderia ter acesso as cartas da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste).

  • Bosco: Disse que as cartas da SUNDENE estão disponíveis na Biblioteca da Secretaria de Recursos Hídricos do estado do Ceará.

  • José Cláudio (SINTACE – Membro do Comitê do Banabuiú): Disse que os órgãos responsáveis pela as horas de tratores, deveriam fiscalizar se estão realizando de forma correta o trabalho no solo.

  • Regina (EMATERCE): Informou que as máquinas de tratores do Projeto São José está com uma vasta modificação e transição ecológica através de máquinas de tração animal e treinamento de práticas de conservação com o semiárido.

  • Antônio Deusimar (Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte – Comitê do Baixo Jaguaribe): Ressaltou que em alguns casos o uso do pluviômetro torna-se difícil verificar a quantidade de chuva, por conta da localização dos sinais e outros. O mesmo prosseguiu dizendo que todos os agricultores cadastrado no Projeto São José tem direito a horas de tratores, assim haja necessidade.

  • Bosco: Falou que deveria haver mais incentivo e aquisição na realização no uso das máquinas de tratores do Projeto São José.

  • José Cláudio: Disse que deveria haver mais qualificação para os agricultores sobre o preparo do solo adequado para a plantação, e após isso usar as máquinas.

  • Antônio: Informou que no mês de novembro será realizado uma reunião do território da cidadania, na qual serão discutidos ações referente ao Projeto São José e como também serão realizadas capacitações para os membros do referido território.

  • Regina: Disse que é muito importante ressaltar nas reuniões da COGERH seja discutido assuntos relacionados ao uso adequado de manejo de solo.

  • Bosco: Falou que a conservação do solo é um processo crucial para o uso de máquinas de trator, onde o técnico agrícola deve ter conhecimentos da maneira correta de usar os instrumentos agrícolas, e com isso facilita o manejo do solo.

  • Antônio: Ressaltou que os estudos dos impactos ambientais se torna crucial para as práticas de manejo de solo, pois através dele adquirimos informações sobre a maneira correta de usar o solo e agrotóxicos, sem causar danos ao meio ambiente.

  • Cláudio: Perguntou como podemos identificar uma planta xerófita.

  • Bosco: Respondeu que o CD entregue na reunião, estarão contidas as informações sobre a denominação de plantas xerófitas.

2 ° DIA

PRÁTICAS EDÁFICAS E VEGETATIVAS ASSOCIADAS AO MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E AGUA .

  • João Bosco: Apresentou as práticas mecânicas edáficas e vegetativas associadas ao manejo e conservação do solo e água, com os seguintes itens: as características do semiárido brasileiro, a definição do manejo do solo e as práticas de lavoura seca, as ações práticas associadas ao manejo e a conservação do solo e água, o terraço de retenção, os componentes do terraço e imagens de terraço de retenção – Base Estreita, a captação “in situ”, a escarificação/descompactação do solo, o uso inadequado do solo agrícola –e as consequências, o cordão de pedra, a barragem subterrânea e barragem de contenção e sedimentos. Em seguida o Sr. Bosco agradeceu a todos pela a atenção e a participação.

  • Regina Régia (Técnica da EMATERCE): Se apresentou para o plenário e na sequência explanou os respectivos aspectos: o plantio direto na palha – PDP (os pontos de observação e seus benefícios), imagens das máquinas e implementos usados na prática de Práticas de Desenvolvimento no semiárido no Ceará. A Sra. Regina prosseguiu apresentando as dosagens de adubo e sementes a serem realizados no plantio direto na palha, como também os parâmetros de Pulverização. Continuou explicando o sistema agroflorestal destacando os seguintes itens: a definição do sistema agroflorestal e os tipos mais comuns (árvores em associações com culturas anuais, perenes, hortos caseiros ou quintais agroflorestais), o sistema agrossilvopastoris (associações de árvores com pastos e pastoeiros em plantações florestais e frutíferas), e os sistemas agroflorestais de cercas vivas e cortinas quebra vento. A Sra. Regina salientou que através de imagens o quintal produtivo – QP, sendo um as das formas que se caracterizam pelo o cultivo diversificado de espécies agrícolas, produtivas e plantas medicinais na mesma área. Explanou a recomposição da mata ciliar (a sua definição, a importância ambiental da mata ciliar para o ecossistema e ambientes sem mata ciliar), a adubação verde, a correlação do solo (os tipos de usos utilizados no solo e os efeitos de calagem), a cobertura morta e suas vantagens, as culturas em faixas (os três princípios básicos de controle da erosão pela cultura de faixa, os principais sistemas de culturas em faixas). Logo após a Sra. Regina falou o que é adubação orgânica e os seus benefícios executados no solo, a rotação de culturas destacando a sua definição, campo de atuação e suas vantagens. Na sequência a Sra. Regina agradeceu a atenção de todos os participantes.

DISCUSSÕES

  • Edson de Melo (Membro do comitê do Banabuiú – SAAE/Banabuiú): Perguntou qual seria a maneira correta para o melhoramento da cultura do solo.

  • Regina: Respondeu que seja realizado continuamente um rodizio de cultura para expulsar as pragas da cultura anterior.

  • Lúcia Vitoriano (Membro da Comissão Gestora do Umari – EMATERCE): Perguntou se o resto de uma cultura já existente, poderia ser plantado uma nova cultura, após o trituramento.

  • Regina: Respondeu que se faz a roçagem um ano após a plantação da cultura, onde isso se torna importante para eliminar as pragas existentes das culturas anteriores.

  • Cláudio: Perguntou se haveria algum dessecante sem produto químico.

  • Regina: Não existe nenhum dessecante sem produto químico, mas esses produtos são facilmente absorvidos pelo solo, não causando danos a este.

  • Lúcia: Falou que o projeto mandala quando bem empregado se torna importante para as atividades agrícolas.

  • José Cláudio: Disse que tudo se torna caro, quando o agricultor não tem parceiros para a execução de seus trabalhos.

  • Evandro Quirino (Membro do Comitê do Banabuiú – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quixeramobim): Ressaltou a visita realizado na Usina de Biodisel, localizado no município de Juatama, onde conheceu a preservação das matas ciliares no referido local, sendo importante para a conservação das plantações.

  • Douglas Damaso (Membro do Comitê do Banabuiú – IBAMA): Falou que a devastação das matas ciliares oferecem riscos a vida das lavouras.

  • Deusimar: Perguntou por qual motivo é utilizado o coquetel de nutrientes.

  • Regina: Respondeu que é utilizado para o melhoramento do solo, pois desempenha uma função importante, sendo essa prática pode ser utilizado em outros cultivos e também em fertilização natural dos solos.

  • Luis Moreira (Membro do Comitê do Baixo Jaguaribe): Falou sobre a falta de educação e segurança no campo, onde o produtor sofre, assim havendo falta de politicas voltada para a realidade do agricultor.

  • Antônio Gonçalves (Membro do Comitê – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pedra Branca): Perguntou se daria certo fazer a cobertura verde no inicio do ano.

  • Regina: Responde que poderia ser realizado, mas que os benefícios da cobertura verde só terá resultado um ano após a sua plantação.

  • Lurivan: Ressaltou que houve avanço nas negociações do agricultor com os bancos, principalmente quando se refere ao pagamento de dividas.

  • Deuzimar: Disse que a assistência técnica é fundamental para os projetos dos produtores rurais, sendo que a substituição dos técnicos, poderá atrapalhar o desenvolvimento das culturas implantadas, devido ao prazo determinado dos técnicos na instituição.

  • Claúdio: Perguntou como é feita a análise do solo.

  • Regina: Disse que mediante ao solo existente e a necessidade, é realizado a aplicação do cálcio e magnésio para análise do solo.

ENCERRAMENTO

  • Após o término da capacitação foi realizado sorteio com quites do PRODHAM para os participantes. Na sequência o Sr. Geneziano Martins (Presidente do CSBH – Rio Banabuiú) agradeceu e parabenizou a todos os presentes pelo o compromisso e a participação na Capacitação sobre conhecimento de práticas de convivência com o semiárido, aplicadas às bacias hidrográficas do estado do ceará.

Regina Parente Milene Pimentel

Assistente Administrativo I Estagiária

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